quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um pequeno equívoco...

"Indignar-se apenas não basta! É urgente acabar com a espiral de indiferença e pessimismo perante a vida".

E os erros médicos voltam a acontecer...
Mais um caso de erro médico ocorreu durante essa semana. O fato ocorreu na última segunda feira, no hospital Infantil Santa Terezinha, Belém do Pará.
Já imaginaram entrar num hospital para um pequeno procedimento cirúrgico de apenas 15 minutos e ser submetido a uma cirurgia de duas horas?
E ainda houve a troca do local do procedimento: foi aberto o ombro direito quando seria simplesmente a retirada de um pino também no punho direito, colocado há trinta dias.
Se o sonho era voltar para casa e retornar às suas atividades normais antes interrompidas por apenas trinta dias, agora a recuperação será mais longa. Os cuidados redobrados. O sonho de voltar aos treinos de futebol vai ter que ser adiado um pouco mais. O “pequeno equívoco” vai exigir muito mais do paciente.
Considero esse fato um erro inadmissível e fruto de descaso com a vida humana. É revoltante, e não apenas triste como definiu a mãe do adolescente. Revoltante não só para a família, mas a população também se sente atingida e insegura. Não tem como não manifestar indignação num caso assim.
Mas indignar-se apenas não basta. É preciso que se faça algo. Que o sistema de saúde seja revisto. Nunca sabemos em que mãos estamos colocando nossas vidas e a de nossos familiares. Isto está gerando insegurança na população.
O ser humano é passível de erros, mas na medicina este tipo de erro não se admite. A alegação médico hospitalar é que havia dois pacientes com o mesmo nome e houve troca dos exames de RX.
Mas, e onde fica a organização do hospital, a etiquetação correta, o respeito ao paciente e a ética médica que sugere uma visita ao quarto do doente antes da cirurgia ou um breve contato antes do procedimento cirúrgico?
Afinal não somos animais em fila à espera do abate...
Não considero essa justificativa aceitável. Afinal são tantas “as “Marias”, as “Joanas”, os Joãos” ou os “Ians”... E então...
E como disse a mãe do menino na reportagem, não existe assistência médica ou financeira suficiente para ressarcir o trauma causado na vítima e na família.
O ocorrido precisa ser apurado e não só responsabilizados, mas punidos os autores.

2 comentários:

  1. Não podemos aceitar esse tipo de desculpa. A população precisa reagir contra tais descasos médicos. Onde está a responsabilidade? Onde fica o juramento que ele fez no momento da colação de grau? No instante em que eles forem punidos com a cassação do direito de medicar, a coisa vai se modificar. O problema é que neste país tudo acaba em pizza e ninguém paga por nada, principalmente os poderosos.
    Muito bom a tua crônica.
    Abração.

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    1. Você lembrou bem : Onde fica o juramento de defender a vida em qualquer circunstância, a ética médica, o respeito, etc...Também defendo o direito de cassaçaõ para esses absurdos.

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