domingo, 30 de setembro de 2012

Carta de um catequizando à sua catequista


EU SOU DE QUEM ME CONQUISTAR!!!

  • Se não me deres atenção, um pouco de carinho ou até mesmo um sorriso quando eu chegar, posso ser conquistado pela desobediência e de ti não gostar.
  • Eu sou de quem me conquistar. Se não me ensinas a importância da oração e não rezas comigo, como saberei rezar? Se me dizes que  Deus é vingativo, assustador e perverso, como poderei gostar?
  • Eu sou de quem me conquistar:
 Se não me ensinas o respeito, se não me dás atenção e comigo não dialogas, se não te interessas pela minha vida, posso ser conquistado a qualquer momento pelo desamor, pela inconstância e pelo mundo. É desses sentimentos que vou me aproximar.

  •  Eu sou de quem me conquistar: 

 Se não tiveres paciência com a minha inconstância, não serei do caminho que você está querendo me indicar. Teimosamente seguirei um caminho oposto, pois é da minha índole ser assim. Sou jovem, muito jovem, adoro contrariar.
  • Eu sou de quem me conquistar.
Se te apresentas como meu catequista e não colocas em teus atos a alegria e se não sinto em você vontade, ânimo e crença naquilo que fazes, não direi sim ao teu convite e como poderei, em ti confiar?
  • Eu sou de quem me conquistar.
Se te negas e me apresentar um Deus atraente, alegre, justo, ético, continuarei tentado a outros convites aceitar. Se não insistes comigo, as drogas, as bebidas, o cigarro, a violência, o sexo fácil, a indiferença e o consumismo irão insistir. Se não me conquistas, serei, por certo,  mais um a aumentar as estatísticas dos que se dizem  “sem religião” .
Se reclamas de mim e te recusas  a enfrentar os desafios que se apresentam para esta conquista, agirei de forma a te afrontar. E se não fores forte, resistente e confiante da tua missão, também tu desanimarás.
  • E sou de quem me conquistar.
 Conquiste-me. Pare de reclamar. Aprofunde seus conhecimentos, busque ajuda ao ajoelhar. Eu rezo pouco, mas vivo ouvindo de muitos adultos, assim como você, meu catequista, o quanto é importante rezar. Mas pelo menos tente, queira me conquistar. Você lida com pessoas, não tem como fugir disso. Por isso, tente, insista, prossiga nos seus desejos de conquista. Cause em mim uma boa impressão e lembre-se, não te darei uma segunda chance de me causar uma primeira boa impressão.  
Empenhe-se por mim, é o que eu te peço. Eu valho a pena, preciso do teu ardor e da tua coragem. Não sou tão terrível assim. Quando eu estiver distraído, me olhe com amor e não com raiva. Quando eu não quiser rezar na hora em que você pede, tenha compaixão comigo e não me transforme num vilão. Se eu não fiz a tarefa que me pediste, peça de novo, insista. Se não te dei um abraço, me abrace você. Se meus pais não te procuram para conversar, procure-os. Eu preciso muito de alguém que mostre interesse por mim. Fale de mim para os meus pais. Talvez assim, eles percebam que eu existo.
  • Eu sou de quem me conquistar.
Não desista de mim. Eu quero tanto aprender um pouco mais daquilo que você se propõe a ensinar.
Basta para isso que você realmente queira me conquistar."

Assinado:
Um jovem catequizando

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E se você, de fato, recebesse uma carta assim de um catequizando seu, qual seria a sua atitude?
Como você se relaciona com os menos interessados na catequese?
Qual a sua relação com os pais ausentes?

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