sábado, 16 de novembro de 2013

É tudo culpa do Papai Noel

  Li este texto lá no blog da Angela e considerei interessante publicá-lo aqui para  que os leitores que por aqui passarem possam opinar sobre o mesmo

Eu ,particularmente, não acho que a catequese ou a Igreja tenham deixado de dar destaque ao Menino Jesus . Menino Jesus sempre foi e continuará sendo símbolo de nosso Natal. Aquele que se se fez menino e pobre e veio ao mundo para nos trazer esperança de um mundo novo.
 Acontece que estamos vivendo  uma época inédita: o fenômeno da secularização
.As práticas religiosas estão sendo deixadas de lado em função do imediatismo e individualismo das pessoas.Deus está ficando esquecido. "Engavetado" dizem alguns.
 Em outros tempos, tudo que havia de mais importante estava associado à religião. Hoje impera o materialismo e o consumismo exagerado. Todos querem "TER" e não se preocupam com o "SER".

 Em época de Natal , então, o apelo ao consumismo ultrapassa o âmbito da normalidade. 
E a  Igreja como se comporta frente a essa nova era?
Vocês acham que a catequese está deixando a desejar neste campo de aprofundar a fé de nossas crianças e jovens? Como essa momento que a Igreja vive nos dias de hoje irá afetar a sociedade futuramente/
 Nosso trabalho na catequese está sendo em vão?

Por favor, deixem seu comentário 

 VEJAM O TEXTO:

E TUDO CULPA DO PAPAI NOEL

Perceberam o quanto nós lutamos contra moinhos de vento em nossa Igreja? De vez em quando se levantam bandeiras de causas totalmente inócuas. É o caso do dia das bruxas, é o coelhinho da Páscoa e muitas outras coisas. A de agora, quando chega o final do ano,  contra o pobre do Papai Noel. Aquele velhinho sorridente de longas barbas brancas e roupa vermelha, símbolo de esperança que povoa o imaginário de muitas crianças. Revolvemos colocar toda a culpa da nossa incompetência em evangelizar e tocar corações, nas costas do bom velhinho.

Temos dito que ele é o símbolo do consumismo e não significa o natal. Concordo. Afinal, São Nicolau, ao iniciar a tradição, apenas queria trazer alegria às crianças pobres no natal. Jamais imaginou que a Coca-cola ia dar-lhe uma roupa vermelha e que sua figura ia ser transformada em tamanho ícone do capitalismo. Mas o fato é que temos dado a ele um fardo grande demais para carregar. Tá certo que ele já carrega um saco a altura de tamanha amolação, mas... Haja saco!

Nunca, na verdade, nos esforçamos para transformar o Menino Jesus em símbolo do Natal. O menino na manjedoura como símbolo de esperança e salvação, não nos lembra o Jesus adulto que carregou no pó das suas sandálias tanto discípulos. Cristo adulto é para nós modelo e mensagem. Do Cristo menino, pouco sabemos. Lembramos dele no natal e só. A ternura do menino nascido num estábulo, não lembra às crianças aquilo que elas vão necessitar somente na vida adulta: fé.
Quando criança, precisamos de coisas palpáveis que façam parte do nosso mundo. Brinquedos, por exemplo. Talvez seja isso que faça com que a maioria das crianças, confie bem mais no velhinho que atravessa os céus em um trenó movido a renas, cheio de presentes. É de praxe. Copiamos e vivemos muitos modelos americanos. E também, é bem mais fácil para as crianças confiar num adulto, que lembra o vovô, do que num pobre menino que nasceu num berço de palha.

Independente de ícones e símbolos, o significado do Natal está arraigado de alguma maneira, em cada um de nós. É uma época mágica. De luzes, enfeites, presentes, encontros. É uma época em que um pouco daquela bondade escondida em nós, vem à tona. Sim, deveríamos transportar estes sentimentos de fraternidade e perdão, para o resto do ano, mas temos falhado nisso, de modo miserável.

Fato é que todos nós temos lembranças de natais de nossa infância. Maravilhosos ou não, trazem ao nosso coração aquela doce nostalgia de uma época em que ainda tínhamos a inocência de acreditar em Papai Noel, onde havia esperança, muito mais que de presente, de encontro, de abraço, de rever parentes, de festa. Claro que hoje a mídia e o comércio deram ao natal uma roupagem por demais materialista. Nossas crianças não se contentam mais com simples bonecas e carrinhos. Videogames de oitava geração, Ipods, celulares cibernéticos, Barbies que cantam, dançam e, se duvidar: expressam até sua opinião; estão bem mais ao gosto delas. São os novos tempos. E lutar contra o futuro, é fazer como Dom Quixote, lutar contra moinhos de vento imaginando que são dragões.

Definitivamente, Papai Noel existe! E está aí, estampado em outdoors e decorando as vitrines de todas as lojas, para quem quiser ver.  Então, ao invés de lutarmos contra ele, porque é que não gastamos nossas energias na Novena de Natal, numa campanha de alimento e presentes? Porque não temos catequese no Natal? Porque numa época tão maravilhosa e cheia de significado religioso, damos férias a nossas crianças? Deve ser porque precisamos de tempo para correr todas as lojas, tão lindamente enfeitadas, exercendo nosso “consumismo”...  


4 comentários:

  1. Edite, me perdoe mas a Igreja não se esforça MESMO! Começa na catequese... a grande maioria tira "férias" em novembro e só volta em março... Isso é fazer seu papel? E valores culturais "se cultua"... se os valores mundanos estão prevalecendo é por falta de evangelização e missão... E se a Igreja se perde no tempo... de quem é a culpa? DELA MESMA! O mundo mudou muito, é verdade, mas, o homem ainda busca o espiritual e ele vai onde é acolhido... Nossa Igreja padece muito de acolhimento...

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  2. Ferias da "catequese" Angela, mas não necessariamente "férias de Deus ". Durante as férias, nossas crianças já estão formadas cristãmente dentro do nível em que se encontram. E se houver firmeza e conscientização naquilo que ouviram e " gravaram " não serão essas "férias" que apagarão nelas o 'sentido de Deus. Podem curtir um natal cristão mesmo admirando Papai Noel que como vc disse faz parte do imaginário não só das crianças, mas da maioria das pessoas.
    a Igreja tem lá suas falhas sim . E pelo que ouço e vejo, tem procurado saná-las .
    Ainda afirmo que os tempos são difíceis hoje . Vivemos uma nova era.
    Vc disse bem, o homem ainda busca o espiritual. Mas se encontra perdido entre o materialismo e o espiritualismo
    Como eu disse, uma guerra desleal.
    .

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  3. Querida Edite, como disse em minha postagem sobre o Natal, vejo que não se trata de proibição, nem exclusão d o bom velhinho e de nenhum personagem... precisamos dar sentido às coisas...Isso vai acontecendo de acordo com a maturidade de cada um...Se o catequista faz um bom trabalho, valorizando e destacando o que de verdade merece, os catequizandos são espertos o suficiente para entender... A catequese é tempo pra isso... caso a família não tenha ainda trabalhado em casa... Beijos amada!!

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  4. Obrigada pelo seu parecer Imaculada. Tb concordo plenamente com vc. o trabalho do catequista é muito importante e ajudará o catequizando a diferenciar colocando cada personagem no seu devido lugar dando destaque espiritual à figura do Menino Jesus.. Bjs,

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