sexta-feira, 19 de abril de 2019

A devoção popular da Semana Santa



Vamos ilustrar alguns momentos solenes de nossa Semana Santa aqui em minha pequena cidade . As procissões fazem parte do devocional dos fiéis que as acompanham cheios de fé e coração contrito .   






Velas , devocionários fazem parte dos complementos litúrgicos que carregam com semblante sério e reflexivo .
 Muitos pagam promessas , caminham descalços e alguns choram de emoção e esperança . 

Cânticos ora de piedade , ora de louvor , ora de esperança brotam dos lábios e corações dos devotos . 

A encenação  da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, sempre muito bela e bem preparada , é um momento muito esperado . Uma história que remonta ao tempo e não perde sua eficácia . Todos conhecem o mistério da Paixão de Cristo , mas querem sempre ver a atuação dos figurantes caracterizados à época de Cristo e novamente se comoverem com "A crucificação ".


Após a encenação , caminham apé até a Igreja carregando o andor do Senhor Morto . É comovente também ver como disputam os devotos para levar o andor sempre muito bem enfeitado por senhoras caprichosas e devotas que primam pela destreza e habilidade em fazer arranjos florais e o cuidado com o tecido a revestir o andor .



E então nesta Semana Santa não apenas recordamos  o mistério Pascal , mas "atualizamos "a Páscoa do Senhor . 
 Todas essas manifestações devocionais populares sustentam a vida de fé de muitas pessoas e comunidades , inclusive aquelas que não têm acesso às celebrações litúrgicas e à presença de um presbítero na Quaresma e na Semana Santa.

Todas esses devocionais são manifestações de fé e piedade de um povo que resiste à secularização . Infelizmente nas grandes cidades ou centros urbanos mais secularizados , a prática desses devocionais tem diminuído. 

Muito se tem feito para recuperá-lo , mesmo  o Vaticano na presença do Papa Francisco, grande incentivador da devoção popular desde que evite-se a exacerbação devocional que não leva a compromisso de fé. 
Cabe à Igreja orientar os fiéis e legitimar aquilo que não agride os princípios da fé e não desencaminha do espírito da Liturgia.

Essas celebrações são litúrgicas, mas existem também as celebrações paralitúrgicas e devocionais como as procissões do Senhor morto, as vias-sacras, procissões do encontro de Maria com Jesus e outras. Mas todas têm seu valor e expressam a devoção e piedade do povo que reverencia a morte e ressurreição de Jesus.

 Os cristãos são convidados a celebrar  intensamente as atividades devocionais , litúrgicas e paralitúrgicas  da Semana Santa . E, mais ainda, a assumir os compromissos de amor, doação e serviço que Cristo viveu e ensinou-nos. 

Com Ele façamos o caminho do Calvário , mas vislumbrando ao longe  o sol da ressurreição 

sexta- feira Santa = 15 minutos diante do Santíssimo



Dulcíssimo Jesus , aqui estou eu diante de tua presença , com minha pequenez e curvado sobre o peso de meus pecados . Mas , venho , Senhor Jesus , clamar por vossa Misericórdia . Diante de Sua Presença eu me curvo e vos louvo de todo meu coração . 

Esforço-me Senhor para seguir teus mandamentos , esforço-me para atenuar minhas faltas , mas como humano que sou sei que muitas vezes peco pelo egoísmo , negligência ou falta de confiança em Ti .

Por isso e outras faltas , peço perdão meu Senhor . Venha cobrir-me , Senhor com Tua misericórdia . Abençoe a mim , minha família e todos aqueles que passam por meu caminho . 

Obrigado pela saúde que me concedes em tao alta fase da vida . Peço que a conserves ainda por muito tempo , se for do Teu agrado , a fim de que eu possa dar continuidade com amor e muito boa vontade aos meus trabalhos pastorais

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TRÍDUO PASCAL : "O centro e ápice do Ano Litúrgico






O Tríduo Pascal – chamado por Santo Agostinho de tríduo do “crucificado, sepultado e ressuscitado” – é o centro e o ápice do Ano Litúrgico. 
Como ensina o Concílio Vaticano II, na Constituição “Sacrosanctum Concilium”, sobre a Sagrada Liturgia, “como Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo Pascal resplandece como ápice de todo o Ano Litúrgico.” (SC, 5)
O Tríduo Pascal não é uma simples recordação, mas a atualização da Páscoa do Senhor. Por isso, os cristãos são convidados a celebrá-lo intensamente. E, mais ainda, a assumir os compromissos de amor, doação e serviço que Cristo viveu e ensinou-nos. 
Assim procedendo, temos a certeza de que a Páscoa de Jesus será também a nossa.
Liturgicamente o Tríduo Pascal é uma única celebração.
 É importante notar que fazemos o sinal da cruz no início da celebração da Quinta-feira Santa e só vamos fazer esse sinal outra vez no final da Santa Missa da Vigília Pascal, como se fosse realmente uma única celebração.
Neste intervalo de tempo, não está previsto nenhum sinal da cruz, porque a Missa da quinta-feira à noite termina em silêncio e sem bênção final. 
A celebração da Sexta-feira Santa começa e termina sem traçar o sinal da cruz. A Vigília Pascal, no sábado à noite, começa sem o sinal da cruz e, então, somente no final da celebração é que se recebe a bênção pascal, a bênção do Ressuscitado. 
É interessante ver que existe uma grande harmonia nestas várias celebrações, estão todas ligadas umas com as outras.
Essas celebrações são litúrgicas, mas existem também as celebrações paralitúrgicas e devocionais como as procissões do Senhor morto, as vias-sacras, procissões do encontro de Maria com Jesus e outras. Mas todas têm seu valor e expressam a devoção e piedade do povo que reverencia a morte e ressurreição de Jesus.


São três dias, em que os cristãos recordaram a entrega total de Nosso Senhor Jesus à humanidade e sua ressurreição dos mortos. “Por que procuram entre os mortos aquele que está vivo?” (Lc 24,5)~

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