Li este texto lá no blog da Angela e considerei interessante publicá-lo aqui para que os leitores que por aqui passarem possam opinar sobre o mesmo
Eu ,particularmente, não acho que a catequese ou a Igreja tenham deixado de dar destaque ao Menino Jesus . Menino Jesus sempre foi e continuará sendo símbolo de nosso Natal. Aquele que se se fez menino e pobre e veio ao mundo para nos trazer esperança de um mundo novo.
Acontece que estamos vivendo uma época inédita: o fenômeno da secularização
.As práticas religiosas estão sendo deixadas de lado em função do imediatismo e individualismo das pessoas.Deus está ficando esquecido. "Engavetado" dizem alguns.
Em outros tempos, tudo que havia de mais importante estava associado à religião. Hoje impera o materialismo e o consumismo exagerado. Todos querem "TER" e não se preocupam com o "SER".
Em época de Natal , então, o apelo ao consumismo ultrapassa o âmbito da normalidade.
E a Igreja como se comporta frente a essa nova era?
Vocês acham que a catequese está deixando a desejar neste campo de aprofundar a fé de nossas crianças e jovens? Como essa momento que a Igreja vive nos dias de hoje irá afetar a sociedade futuramente/
Nosso trabalho na catequese está sendo em vão?
Por favor, deixem seu comentário
E TUDO CULPA DO PAPAI NOEL
Perceberam o quanto nós lutamos contra moinhos de vento em nossa Igreja? De vez em quando se levantam bandeiras de causas totalmente inócuas. É o caso do dia das bruxas, é o coelhinho da Páscoa e muitas outras coisas. A de agora, quando chega o final do ano, contra o pobre do Papai Noel. Aquele velhinho sorridente de longas barbas brancas e roupa vermelha, símbolo de esperança que povoa o imaginário de muitas crianças. Revolvemos colocar toda a culpa da nossa incompetência em evangelizar e tocar corações, nas costas do bom velhinho.
Temos
dito que ele é o símbolo do consumismo e não significa o natal.
Concordo. Afinal, São Nicolau, ao iniciar a tradição, apenas queria
trazer alegria às crianças pobres no natal. Jamais imaginou que a
Coca-cola ia dar-lhe uma roupa vermelha e que sua figura ia ser
transformada em tamanho ícone do capitalismo. Mas o fato é que temos
dado a ele um fardo grande demais para carregar. Tá certo que ele já
carrega um saco a altura de tamanha amolação, mas... Haja saco!
Nunca,
na verdade, nos esforçamos para transformar o Menino Jesus em símbolo
do Natal. O menino na manjedoura como símbolo de esperança e salvação,
não nos lembra o Jesus adulto que carregou no pó das suas sandálias
tanto discípulos. Cristo adulto é para nós modelo e mensagem. Do Cristo
menino, pouco sabemos. Lembramos dele no natal e só. A ternura do menino
nascido num estábulo, não lembra às crianças aquilo que elas vão
necessitar somente na vida adulta: fé.
Quando
criança, precisamos de coisas palpáveis que façam parte do nosso mundo.
Brinquedos, por exemplo. Talvez seja isso que faça com que a maioria
das crianças, confie bem mais no velhinho que atravessa os céus em um
trenó movido a renas, cheio de presentes. É de praxe. Copiamos e vivemos
muitos modelos americanos. E também, é bem mais fácil para as crianças
confiar num adulto, que lembra o vovô, do que num pobre menino que
nasceu num berço de palha.
Independente
de ícones e símbolos, o significado do Natal está arraigado de alguma
maneira, em cada um de nós. É uma época mágica. De luzes, enfeites,
presentes, encontros. É uma época em que um pouco daquela bondade
escondida em nós, vem à tona. Sim, deveríamos transportar estes
sentimentos de fraternidade e perdão, para o resto do ano, mas temos
falhado nisso, de modo miserável.
Fato
é que todos nós temos lembranças de natais de nossa infância.
Maravilhosos ou não, trazem ao nosso coração aquela doce nostalgia de
uma época em que ainda tínhamos a inocência de acreditar em Papai Noel,
onde havia esperança, muito mais que de presente, de encontro, de
abraço, de rever parentes, de festa. Claro que hoje a mídia e o comércio
deram ao natal uma roupagem por demais materialista. Nossas crianças
não se contentam mais com simples bonecas e carrinhos. Videogames de
oitava geração, Ipods, celulares cibernéticos, Barbies que cantam,
dançam e, se duvidar: expressam até sua opinião; estão bem mais ao gosto
delas. São os novos tempos. E lutar contra o futuro, é fazer como Dom
Quixote, lutar contra moinhos de vento imaginando que são dragões.
Definitivamente,
Papai Noel existe! E está aí, estampado em outdoors e decorando as
vitrines de todas as lojas, para quem quiser ver. Então, ao invés de
lutarmos contra ele, porque é que não gastamos nossas energias na Novena
de Natal, numa campanha de alimento e presentes? Porque não temos
catequese no Natal? Porque numa época tão maravilhosa e cheia de
significado religioso, damos férias a nossas crianças? Deve ser porque
precisamos de tempo para correr todas as lojas, tão lindamente
enfeitadas, exercendo nosso “consumismo”...
Edite, me perdoe mas a Igreja não se esforça MESMO! Começa na catequese... a grande maioria tira "férias" em novembro e só volta em março... Isso é fazer seu papel? E valores culturais "se cultua"... se os valores mundanos estão prevalecendo é por falta de evangelização e missão... E se a Igreja se perde no tempo... de quem é a culpa? DELA MESMA! O mundo mudou muito, é verdade, mas, o homem ainda busca o espiritual e ele vai onde é acolhido... Nossa Igreja padece muito de acolhimento...
ResponderExcluirFerias da "catequese" Angela, mas não necessariamente "férias de Deus ". Durante as férias, nossas crianças já estão formadas cristãmente dentro do nível em que se encontram. E se houver firmeza e conscientização naquilo que ouviram e " gravaram " não serão essas "férias" que apagarão nelas o 'sentido de Deus. Podem curtir um natal cristão mesmo admirando Papai Noel que como vc disse faz parte do imaginário não só das crianças, mas da maioria das pessoas.
ResponderExcluira Igreja tem lá suas falhas sim . E pelo que ouço e vejo, tem procurado saná-las .
Ainda afirmo que os tempos são difíceis hoje . Vivemos uma nova era.
Vc disse bem, o homem ainda busca o espiritual. Mas se encontra perdido entre o materialismo e o espiritualismo
Como eu disse, uma guerra desleal.
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Querida Edite, como disse em minha postagem sobre o Natal, vejo que não se trata de proibição, nem exclusão d o bom velhinho e de nenhum personagem... precisamos dar sentido às coisas...Isso vai acontecendo de acordo com a maturidade de cada um...Se o catequista faz um bom trabalho, valorizando e destacando o que de verdade merece, os catequizandos são espertos o suficiente para entender... A catequese é tempo pra isso... caso a família não tenha ainda trabalhado em casa... Beijos amada!!
ResponderExcluirObrigada pelo seu parecer Imaculada. Tb concordo plenamente com vc. o trabalho do catequista é muito importante e ajudará o catequizando a diferenciar colocando cada personagem no seu devido lugar dando destaque espiritual à figura do Menino Jesus.. Bjs,
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