sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Suicídio: pecado ou desiquilíbrio?

A morte do ator Walmor Chagas ocorrida nesta última sexta feira, 18 de janeiro, surpreendeu a todos , principalmente familiares e amigos mais próximos.
Quando ocorre uma morte trágica como essa em que a vítima é o próprio autor de sua morte, ficamos chocados com a brutalidade do sucedido e nos perguntamos o porque do mesmo ter chegado a esse extremo. Fica no ar a interrogação visto que não tenho dados muito menos conhecimentos suficientes sobre assuntos nesta área.
É realmente lamentável que tal tenha sido o desfecho para uma vida que foi de sucessos e contribuição na teledraumaturgia.
Não se pode negar também o impácto que o incidente causou entre os familiares e amigos que conviverão com esse trauma por muito tempo. Dificilmente se recuperarão.
No texto abaixo, podemos tomar conhecimento da posição da Igreja em relação ao suicídio:

Suicídio: pecado ou desiquilíbrio?


Esse acontecimento na vida da família traz tantos transtornos e preocupações.

Além do trauma, traz também uma pergunta: "Quando alguém se suicida, ele se salva?"
 Há dois pontos a se considerar e que são básicos para se responder a essa pergunta.
  •  O primeiro nos leva a considerar a vontade salvadora de Deus manifestada em Jesus, que disse: "Eu vim para que todos tenham vida"; "Aqueles que o Pai me deu, eu não perco nenhum". Entramos no mistério da vontade de Deus que quer salvar a todos. Da nossa parte temos de saber que é impossível julgar alguém; isso não nos compete. Ninguém sabe o caminho da misericórdia de Deus.

  • O segundo ponto nasce da análise da psicologia humana. A vida é o maior dom que recebemos de Deus, falando humanamente. Ninguém conscientemente vai tirar sua própria vida. Se o faz, temos a certeza de que não está mais consciente do que faz, mesmo que deixe uma carta escrita explicando as razões que o levaram a tal ponto. A vida é um dom de um valor tão absoluto que repugna ao próprio ser humano perdê-la. Veja como se luta pela saúde, para se defender e se preservar num acidente. Veja os avanços da medicina para proteger, conservar e alongar a vida.

Experiências mostram que a pessoa que tira sua própria vida não está mais no controle de suas faculdades mentais.
Está vivendo um profundo desequilíbrio e não tem mais o
poder consciente de decisão. 
E quando acontece o fato, pode acreditar que já faz meses que ela está fora de si, vivendo outra realida4e em seu mundo interior, perturbado e confuso. E quem não pode tomar uma decisão consciente, não pode também ser penalizado pelo que fez.
Na prática antiga da Igreja, como não se tinha a ajuda da psicologia para a compreensão dessa atitude, havia uma série de sanções para o suicida, como a negação da sepultura eclesiástica, as aplicações de missa pela sua alma. Enfim, pesava sobre a pessoa uma condenação.

 Hoje, ajudada pela psicologia e pela psiquiatria, a Igreja já vê sob nova forma e tem uma atitude de compreensão e de misericórdia para com aqueles que chegam a tal ponto.
Essa é a palavra boa que podemos dizer aos familiares que vivem um drama pela perda de um dos seus nessa forma trágica e traumatizante. Nesse momento temos de firmar nossa fé na bondade, na misericórdia de Deus, que é mais Mãe do que Pai.

Texto extraído do Livro: Religião também se aprende - Padre Hélio Libardi (editora Santuário). 

do site catequizar.com





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