A morte do ator Walmor
Chagas ocorrida nesta última sexta feira, 18 de janeiro, surpreendeu
a todos , principalmente familiares e amigos mais próximos.
Quando ocorre uma morte
trágica como essa em que a vítima é o próprio autor de sua morte,
ficamos chocados com a brutalidade do sucedido e nos perguntamos o
porque do mesmo ter chegado a esse extremo. Fica no ar a interrogação
visto que não tenho dados muito menos conhecimentos suficientes
sobre assuntos nesta área.
É realmente
lamentável que tal tenha sido o desfecho para uma vida que foi de
sucessos e contribuição na teledraumaturgia.
Não se pode negar
também o impácto que o incidente causou entre os familiares e
amigos que conviverão com esse trauma por muito tempo. Dificilmente
se recuperarão.
No texto abaixo,
podemos tomar conhecimento da posição da Igreja em relação ao
suicídio:
Suicídio: pecado ou desiquilíbrio?
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Além do trauma, traz também uma pergunta: "Quando alguém se suicida, ele se salva?"
Há dois pontos a se considerar e que são básicos
para se responder a essa pergunta.
- O primeiro nos leva a considerar a vontade salvadora de Deus manifestada em Jesus, que disse: "Eu vim para que todos tenham vida"; "Aqueles que o Pai me deu, eu não perco nenhum". Entramos no mistério da vontade de Deus que quer salvar a todos. Da nossa parte temos de saber que é impossível julgar alguém; isso não nos compete. Ninguém sabe o caminho da misericórdia de Deus.
- O segundo ponto nasce da análise da psicologia humana. A vida é o maior dom que recebemos de Deus, falando humanamente. Ninguém conscientemente vai tirar sua própria vida. Se o faz, temos a certeza de que não está mais consciente do que faz, mesmo que deixe uma carta escrita explicando as razões que o levaram a tal ponto. A vida é um dom de um valor tão absoluto que repugna ao próprio ser humano perdê-la. Veja como se luta pela saúde, para se defender e se preservar num acidente. Veja os avanços da medicina para proteger, conservar e alongar a vida.
Experiências mostram que a pessoa que tira sua própria vida não está mais no controle de suas faculdades mentais.
Está vivendo um profundo desequilíbrio e não tem mais o
poder consciente de decisão.
E quando acontece o fato, pode
acreditar que já faz meses que ela está fora de si, vivendo outra
realida4e em seu mundo interior, perturbado e confuso. E quem não
pode tomar uma decisão consciente, não pode também ser penalizado
pelo que fez.
Na prática antiga da Igreja, como não se tinha a
ajuda da psicologia para a compreensão dessa atitude, havia uma
série de sanções para o suicida, como a negação da sepultura
eclesiástica, as aplicações de missa pela sua alma. Enfim, pesava
sobre a pessoa uma condenação.
Hoje, ajudada pela psicologia e
pela psiquiatria, a Igreja já vê sob nova forma e tem uma atitude
de compreensão e de misericórdia para com aqueles que chegam a tal
ponto.
Essa é a palavra boa que podemos dizer aos familiares que
vivem um drama pela perda de um dos seus nessa forma trágica e
traumatizante. Nesse momento temos de firmar nossa fé na bondade,
na misericórdia de Deus, que é mais Mãe do que Pai.
Texto extraído do
Livro: Religião também se aprende - Padre Hélio Libardi (editora
Santuário).
do site catequizar.com
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