Domingo da Epifania
Epifania
é uma palavra de origem grega que significa manifestação, e de
modo particular – e isso consta dos dicionários – uma
manifestação divina.
O Deus que estava escondido manifesta-se de
modo claro e luminoso para o mundo. A narrativa de Mateus, exclusiva
dele, é uma narrativa teológica que torna manifesto que o Menino
que nasceu escondido numa gruta em Belém de Judá não nasceu só
para uma família da descendência de Davi, mas sim para todos os
povos dos quatro cantos do mundo. É por isso que na Igreja do
Oriente festeja-se mais a Epifania do que a noite do Natal. Hoje em
dia a festa dos Reis Magos é quase ignorada em nosso país, mas até
os inícios do século passado, os folguedos de Reis alimentavam um
rico folclore.
"Onde
está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no
Oriente e viemos adorá-lo".Mt 2, 1-12
Com o domingo da Epifania termina o tempo do Natal. A solenidade
da Epifania do Senhor é a festa da universalidade da salvação
oferecida como dom de Deus a toda a humanidade. Desde todo o sempre
Deus quis que todos os povos fossem iluminados.
Na vigília do
Natal, nós já tínhamos ouvido: "O povo que andava nas trevas
viu uma grande luz. Sobre aqueles que habitavam a terra da sombra uma
luz resplandeceu". O texto de Isaías deste domingo é ainda
mais claro:
"As nações caminharão à tua luz, os reis,ao
brilho do teu esplendor" (Is 60, 3). A cada uma das nações da
terra é dirigido este apelo: "Deixa-te iluminar". Todos,
judeus e pagãos, são beneficiários da mesma promessa, herdeiros da
mesma riqueza da graça de Deus, em Cristo Jesus. No Verbo encarnado
todas as fronteiras são rompidas e Deus visita todas as pessoas
indistintamente. O texto de Nm 24,17 é portador da seguinte
profecia: um dia "se levantará de Jacó uma estrela". Essa
profecia, os judeus do primeiro século da nossa era aplicavam à
vinda do Messias.
Os magos, símbolo das "nações",
vindos do Oriente para adorarem o Senhor, trazem os seus presentes,
isto é, fazem sua profissão de fé naquele que, por amor de Deus,
assumiu a nossa humanidade. Os presentes oferecidos afirmam
simbolicamente a divindade, a realeza e o sacerdócio do menino
nascido em Belém. De todos nós que nos reunimos para celebrar a
solenidade da Epifania do Senhor é exigido o engajamento próprio da
fé.
O presente a ser oferecido Àquele que assumiu a nossa
humanidade é a nossa própria vida, ela mesma dom de Deus. É este
engajamento que nos faz sentir a "grande alegria" anunciada
aos pastores (Lc 2,10) e que os magos puderam experimentar(cf. Mt
2,10), alegria da salvação, alegria de Deus que nenhuma situação
da existência humana pode tirar nem ninguém subtrair.
Fonte:
Paulinas
Só vai a Jesus quem
procura, quem tem fome e sede de justiça, quem é pobre (de coração,
mesmo), quem deseja ser melhor, quem não é autosuficiente, quem
sonha e ama, quem pouco deseja para si, quem não ambiciona poder nem
riqueza, quem é capaz de adorar, quem está vivo! És tu um desses ?
Cristo
não pode estar na soberba, que nos separa de Deus, nem na falta de
caridade, que nos isola dos homens. Aí não podemos encontrar
Cristo, mas apenas a solidão.
No dia da Epifania, prostrados aos pés de Jesus Menino, diante de um Rei que não ostenta sinais externos de realeza, podeis dizer-lhe:
No dia da Epifania, prostrados aos pés de Jesus Menino, diante de um Rei que não ostenta sinais externos de realeza, podeis dizer-lhe:
" Senhor, expulsa a soberba da
minha vida, subjuga o meu amor-próprio, esta minha vontade de
afirmação pessoal e de imposição da minha vontade aos outros. Faz
com que o fundamento da minha personalidade seja a identificação
contigo"
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