“E
vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo”
(Mt 2, 10).
“Os
Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus:
ouro, incenso e mirra.
O
ouro caracteriza
aquilo que Jesus é desde a eternidade: o Rei. Além disso o ouro
representa a Sua divindade, Sua perfeição e Sua absoluta pureza.
Mas o ouro também nos mostra a finalidade de Sua vinda, isto é,
estabelecer o Seu reino divino sobre esta terra. O ouro é mencionado
em primeiro lugar porque este é o alvo perfeito e original de Deus.
A
palavra hebraica para incenso é derivada das palavras “branco,
brilhante”. O incenso tem um alto teor de óleos voláteis e
propaga um aroma agradável que fica impregnado nas vestes como
perfume.
O
incenso representa
espiritualmente o aroma da vida de Cristo. Ele agradou a Deus, pois
procurava fazer a vontade de Seu Pai:“…contudo,
não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.42).Por
isso Ele foi“…obediente
até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8).
O
incenso simboliza a perfeição da vida de Jesus, totalmente sem
pecado. Ele, o Filho de Deus, foi o “Cordeiro sem defeito e sem
mácula”, branco e brilhante, puro e perfeito (comp. 1 Pe 1.19). Em
tudo o que Jesus fez e disse, em todos os Seus passos e obras, Ele
foi um aroma agradável diante de Seu Pai. Como
cristãos somos chamados a nos tornar semelhantes ao Senhor em
obediência e fidelidade, para sermos um “aroma suave de Cristo”.
A
mirra provém
de um arbusto espinhoso de madeira cheirosa. O gosto dela é amargo
como fel e dentre outras coisas era usada como anestésico.
Esta
erva amarga fala dos sofrimentos de Jesus, cuja vida toda foi um
aroma suave diante do Pai, mas que foi perseguido por Herodes ainda
como bebê, de modo que seus pais tiveram de fugir com ele para o
Egito (Mt 2.13).
Mais
tarde, os homens de Nazaré, onde ele havia sido criado, quiseram
precipitá-lo de cima de um monte (Lc 4.29). E quando Ele curava
enfermos e possessos, os fariseus e escribas O perseguiam (por
exemplo, Jo 5.16) e até tentaram matá-lO (v. 18). Antes da
crucificação deram a Jesus “vinho
com mirra,
ele, porém, não tomou” (Mc 15.23). Ele
se tornou pecado por nós (2 Co 5.21), e carregou “em
seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2.24)até
as últimas consequências.
Quando
esteve pendurado na cruz, consumando a salvação para todo o mundo,
Ele sofreu dores atrozes no corpo, na alma e no espírito. E quando
José de Arimatéia tirou o corpo de Jesus da cruz em estado
deplorável, lemos:“E
também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à
noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e
aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis
com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o
sepulcro” (Jo 19.39-40).Na
sua primeira vinda, Jesus foi como que envolvido por mirra, Ele foi
cercado de muitos sofrimentos.
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