domingo, 8 de janeiro de 2017

EPIFANIA DO SENHOR: Ouro , Incenso e Mirra

E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo” (Mt 2, 10).

Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus:
ouroincenso mirra.


O ouro caracteriza aquilo que Jesus é desde a eternidade: o Rei. Além disso o ouro representa a Sua divindade, Sua perfeição e Sua absoluta pureza. Mas o ouro também nos mostra a finalidade de Sua vinda, isto é, estabelecer o Seu reino divino sobre esta terra. O ouro é mencionado em primeiro lugar porque este é o alvo perfeito e original de Deus.

A palavra hebraica para incenso é derivada das palavras “branco, brilhante”. O incenso tem um alto teor de óleos voláteis e propaga um aroma agradável que fica impregnado nas vestes como perfume.

O incenso representa espiritualmente o aroma da vida de Cristo. Ele agradou a Deus, pois procurava fazer a vontade de Seu Pai:“…contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.42).Por isso Ele foi“…obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8).



O incenso simboliza a perfeição da vida de Jesus, totalmente sem pecado. Ele, o Filho de Deus, foi o “Cordeiro sem defeito e sem mácula”, branco e brilhante, puro e perfeito (comp. 1 Pe 1.19). Em tudo o que Jesus fez e disse, em todos os Seus passos e obras, Ele foi um aroma agradável diante de Seu Pai. Como cristãos somos chamados a nos tornar semelhantes ao Senhor em obediência e fidelidade, para sermos um “aroma suave de Cristo”.

A mirra provém de um arbusto espinhoso de madeira cheirosa. O gosto dela é amargo como fel e dentre outras coisas era usada como anestésico.
Esta erva amarga fala dos sofrimentos de Jesus, cuja vida toda foi um aroma suave diante do Pai, mas que foi perseguido por Herodes ainda como bebê, de modo que seus pais tiveram de fugir com ele para o Egito (Mt 2.13).
Mais tarde, os homens de Nazaré, onde ele havia sido criado, quiseram precipitá-lo de cima de um monte (Lc 4.29). E quando Ele curava enfermos e possessos, os fariseus e escribas O perseguiam (por exemplo, Jo 5.16) e até tentaram matá-lO (v. 18). Antes da crucificação deram a Jesus “vinho com mirra, ele, porém, não tomou” (Mc 15.23). Ele se tornou pecado por nós (2 Co 5.21), e carregou “em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2.24)até as últimas consequências.

Quando esteve pendurado na cruz, consumando a salvação para todo o mundo, Ele sofreu dores atrozes no corpo, na alma e no espírito. E quando José de Arimatéia tirou o corpo de Jesus da cruz em estado deplorável, lemos:“E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro” (Jo 19.39-40).Na sua primeira vinda, Jesus foi como que envolvido por mirra, Ele foi cercado de muitos sofrimentos.

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