"Viver bem e ter saúde é um anseio fundamental do ser humano. Trata-se de uma das aspirações mais universais. Independe do credo, cultura e nacionalidade. Interessa a todos sem distinção.
A saúde , além de ser por excelência uma expressão de qualidade de vida, para os cristãos é fundamentalmente um dom precioso do Deus da vida. é uma semente divina a ser cultivada com esmero e carinho, para que possa viver dignamente."( Pe. Anísio Baldessin, coord. da Pastoral da Saúde da arquidiocese de S. Paulo)
Quem é meu próximo?
A parábola do “Bom Samaritano” Lc 10, 25-37, proposta por Cristo, vem elucidar essa pergunta.
“ Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores. Após despojá-lo de tudo, espancaram-no, deixando-o moribundo à margem da estrada.
Passou por ali um sacerdote , homem consagrado a Deus. Presume-se que seria dotado de misericórdia para com seu semelhante e o ajudasse. Mas seguiu seu caminho apressadamente. Ignorou o moribundo à beira da estrada. Com ceteza tinha muitos afazeres fora do templo , onde provavelmente havia “esquecido” Deus. Não podia se arriscar a ser também uma vítima dos bandidos que poderiam estar escondidos por ali. Seguiu apressadamente seu caminho e deixou o problema para outro possível viajante.
De fato, mais tarde passou por ali também o levita. Também da mesma tribo dos sacerdotes, mas de uma classe inferior. Era servo do templo e como tal também deveria ter sentido uma enorme necessidade de ajudar o judeu ferido. Mas não o fez.
O sacerdote e o levita , dois líderes espirituais, que deveriam traduzir sua fé em ação, ajudando o pobre ferido. Ambos representam a falsa religião, uma religião destituida de compaixão. Representam aqueles que pregam a fé e a caridade mas não a colocam em prática. Em primeiro lugar estão seus compromissos. Não são capazes de se doar.
O samaritano vem revelar o verdadeiro espírito cristão, a verdadeira religião. Aquela que usa de misericórdia para com seu próximo.
Judeus e samaritanos se rejeitavam. Samaritanos não eram puros racialmente, por isso eram odiados por aqueles que tinham o sangue integral do grupo étinico judaico. Portanto a ajuda veio de onde menos se esperava.
Jesus quis nos mostrar com essa parábola que a compaixão deve ser aplicada a todas as pessoas independente de raça ou religião. O mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos se cumpre quando nos empenhamos em ajudar o irmão, sem perguntar quem ele é e qual sua posição em relação a nós. O verdadeiro sentimento de amor ao próximo não se apega à proximidade física ou a local, mas ao amor.
A verdadeira pergunta não deveria ser:
“ Quem é meu próximo?”, mas sim: “Eu sou próximo verdadeiramente?
Fotos do encontro celebrativo
seminarista Thiago à frente da celebração |
Nenhum comentário:
Postar um comentário