Família e Catequese
Entre tantas crises que vivemos nos dias atuais,
fala-se insistentemente da crise da família. Mas não é a família
que está em crise, porque todas as pessoas querem, buscam e procuram
formar uma família, mesmo que não seja aquela família criada,
querida e abençoada por Deus.
A família é uma realidade presente na
vida humana desde o início da humanidade. Os primeiros capítulos do
livro de Gênesis nos mostram isto. O que de fato está em crise –
e o último censo com os primeiros dados publicados recentemente
confirmam – é o matrimônio. O casamento religioso, especialmente,
não é mais tão buscado e a sua realização não passa, muitas
vezes, de um ato tão somente social.
A família continua sendo, em qualquer das
suas expressões, o melhor espaço e a mais oportuna realidade para
formar e orientar os filhos rumo a uma vida verdadeiramente humana,
cristã e feliz. Ninguém como o ser humano, na sua infância, é
carente de segurança, de carinho e de proteção.
A psicologia atual mostra seguramente que,
desde o útero materno, a criança já vai assimilando e sentindo se
é querida, se é amada e desejada. Portanto, desde esse tempo a mãe
e o pai – a família – devem ajudar a nova vida a se desenvolver
em todos os sentidos e aspectos, evitando trazer consigo problemas,
complexos e traumas que irão desabrochar com o seu crescimento.
Portanto, a educação da fé, que é um processo
catequético, não começa na catequese de primeira Eucaristia, como
é pensamento de muitas pessoas. A catequese deve, de fato, começar
quando a criança ainda não veio à luz.
Mandamentos para pais e filhos
Vamos refletir sobre um conjunto de dez
mandamentos que poderão ajudar a vivência familiar. Em primeiro
lugar vejamos os “dez desejos” dos pais em relação a seus
filhos.
Os pais desejam
que seus filhos:
1. cresçam e sejam felizes, realizados e
respeitem a si mesmos e aos outros.
2. Estudem e saibam ter auto-estima, sintam-se
capazes e úteis aos outros e satisfeitos no trabalho.
3. Tenham uma vida sadia no plano físico,
psíquico, espiritual. Não tenham vícios.
4. Sejam responsáveis, tenham disciplina e
conheçam os valores.
5. Nas dificuldades não percam a confiança
conservando a paz interior e o desejo de vencer os problemas.
6. Não alimentem sentimentos de culpa em relação
ao passado, medo do futuro, mas vibrem com o presente.
7. Sejam positivos e colaborem na vida familiar,
pois os pais também aprendem com os filhos.
8. Evitem más companhias, tenham coragem de
corrigir o que é mau e decidir pelo bem.
9. Sejam sensíveis com os outros, saibam
partilhar, sejam solidários superando todo egoísmo.
10. Não percam o bom humor, saibam desdramatizar
os problemas e buscar ajuda, para serem cidadãos construtores da
sociedade nova mais humana e justa.
Vejamos agora as “dez maneiras” de os
pais estragarem seus filhos:
1. Dar tudo o que os filhos quiserem.
2. Achar graça quando disserem nomes feios.
3. Nunca dar orientação religiosa.
4. Juntar tudo o que eles deixam jogado e
desarrumado.
5. Discutir e brigar na presença deles.
6. Abarrotá-los de brinquedos, dinheiro, mimos,
superproteção.
7. Não exigir nada, satisfazer todos os seus
desejos.
8. Dar-lhes sempre razão, tomando sempre seu
partido, desculpá-los sempre.
9. Estar sempre ausente, não acompanhar,
acomodar-se, omitir-se.
10. Nunca elogiar, não dar carinho, não ter
tempo e vingar-se.
Quais são os “dez mandamentos” do
casal?
1. Nunca dramatizar os defeitos, mas saber elogiar as qualidades.
2. Nunca gritar um com o outro, nem fechar-se,
mas sempre dialogar.
3. Saber ceder, saber perder, saber recomeçar
perdoando sempre.
4. Dizer a verdade com amor.
5. Nunca humilhar o outro, principalmente diante
de outras pessoas.
6. Não culpar, nem ridicularizar o outro
recordando erros do passado.
7. Nunca ser indiferente “gelando” o outro. A
indiferença dói mais que uma bofetada.
8. Nunca ir dormir sem perdoar.
9. Admitir as próprias limitações e procurar
melhorar. É o dom da auto-crítica.
10. Rezar juntos, rir juntos, passear juntos e
lembrar-se que quando um não quer, dois não brigam.
Por fim analisamos os “dez mandamentos”
para construir uma família ideal:
1. Respeito mútuo na vivência cotidiana.
2. Sinceridade no falar e agir.
3. Generosidade nas tarefas da família.
4. Alegria e senso de humor que gera visão
otimista e positiva de vida.
5. Tolerância que é resultado da cordialidade e
da compreensão.
6. Consciência da dignidade da pessoa gerando
relacionamentos de igualdade.
7. Flexibilidade para evitar rigorismos e
permissividade.
8. Fidelidade cumprindo as responsabilidades e
deveres.
9. Simplicidade e calor humano que leva a
desdramatizar os problemas e encontrar soluções para as
dificuldades.
10. Confiança nas pessoas e nas suas capacidades
o que gera esperança e amor em quatro direções: dialogo, perdão,
ternura e oração.
Dom Orlando Brandes
Dom Orlando Brandes
Sabemos como é difícil atingir a família ideal. Muitas vezes os pais sentem-se impotentes. Achamos que já fizemos tudo e que nada conseguimos.Entretanto esforçando-nos ao máximo, dando o melhor de nós por uma família mais feliz estaremos "enchendo de água a nossa talha", como nas Bodas de Caná (Jo:2, 1-11) em que Jesus transformou a água no melhor dos vinhos. Confiemos em que assim também , nossa família será transformada.
Ah, minha amiga,se todos seguíssemos esses mandamentos como o mundo seria diferente!
ResponderExcluirOs mandamentos do Senhor são fáceis se serem cumpridos, mas a humanidade gosta mesmo é das coisas da carne.
Excelente palavra de evangelização.
Que Deus te abençoe!
É Tunim, infelizmente hoje cada qual segue o "próprio mandamento". É como se diz no ditado popular: "quem pode mais, chora menos"...
ResponderExcluirOla Edite!
ResponderExcluirFiquei feliz com sua visita!
Tem um selinho pra você la no blog.
Beijos, boa semana.
Nena
Vou correndo lá buscar. obrigada pela lembrança.Bjs
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