Rosângela Tamaoki é uma catequista que conheço apenas de nome e agora também por foto. Eu a conheci virtualmente através do grupo "Catequistas Anjos" e sempre que leio alguma experiência sua com seus catequizandos, aumenta minha admiração por ela. Visitando o blog da Imaculada, deparei-me com este belo depoimento em que mostra uma catequista engajada e preocupada seriamente em fazer de seus catequizandos verdadeiros discípulos de Jesus.
Vale a pena conferir e ser contagiado por esse belo exemplo de dedicação e amor.à causa do Reino de Deus.
MINHA
CAMINHADA CATEQUÉTICA
Olá
queridos catequistas, gostaria de partilhar com vocês um pouco da
minha caminhada catequética. Sei que muitos de vocês sabem o
quanto gosto de ler e estudar e o quanto tenho me dedicado a
catequese.
Há
12 anos trabalho com adolescentes, e tenho me debruçado muito sobre
esse mundo adolescente, relacionamento, linguagem, modismos, etc....
Mas quanto mais estudo, e fico a par sobre aquilo que a Igreja coloca
em seus documentos, mais tenho
percebido que muito mais do que falar e falar dentro da sala de
catequese, devo conduzi-los a momentos de reflexão, de
partilha, de oração, e principalmente a um encontro pessoal com
Deus.
Por
isso tenho elaborado encontros, com muitas dinâmicas, momentos de
partilhas, de discussões, trabalhos em grupo, assim como momentos de
oração na capela, de comunhão com Deus, de reflexão.
Uma
das vezes que os levei na Igreja, entramos descalços – lembrei-os
da música: desamarrem as sandálias e descansem, esse chão é
terra santa..... juntos percorremos o corredor central até o altar,
onde ali os convidei para cada um colocar suas mãos sobre o altar,
depositar a sua vida, os seus anseios, suas esperanças, seus sonhos,
seus medos.
Cada
um fez sua oração em particular, depois nos demos as mãos e
rezamos o Pai Nosso. Foi um momento muito especial. Faço muitas
orações espontâneas e peço para que vão rezando comigo, para que
eles sintam como não é preciso muitas frases elaboradas para
se dirigir a Deus, o importante é que saia do coração.
Também
proporciono momentos de oração onde um reza pelo outro, pode ser de
dois em dois, ou em circulo, primeiro colocamos a mão direita no
ombro direito do outro, e depois a mão esquerda. Assim nos unimos em
oração.
Prezo
muito o momento de acolhida, sempre os espero lá fora, recebo um a
um com um sorriso, um beijo no rosto, pergunto sobre a semana, o que
está rolando, e ficamos ali conversando até todos chegarem, é
claro que fico de olho no horário, mas o
encontro de catequese começa para mim, quando o primeiro
catequizando chega;
depois nos dirigimos pra capela, para que cada um faça a sua oração
pessoal, ensinei a eles uma fórmula simples, que constantemente
repito, ao entrarmos fazemos “parados” o sinal da cruz, senão
eles entram correndo, fazem o sinal da cruz correndo, falo que mais
parece que estão lavando o rosto, do que o sinal da cruz. É preciso
calma. Tomar consciência daquele momento, para ser um momento de
paz. Depois nos ajoelhamos, agradecemos tudo o que temos,
pedimos perdão pelas nossas faltas e então podemos fazer nossos
pedidos particulares.
Ao
nos dirigirmos até a sala, não me incomodo que vão conversando,
com uma acolhida bem feita, onde eles podem falar a vontade, depois a
oração na capela, chegar na sala e começar o encontro fica mais
fácil.
Como
são adolescentes, não exijo caderno, se precisar, levo
folhas, até caneta, lápis, lápis de cor; mas não abro mão da
Bíblia, cada um tem que ter a sua, é objeto pessoal. Todo
encontro tem um texto bíblico, aliás muito do que falo, gosto de
mostrar o fundamento bíblico, então são várias as vezes
que eles manuseiam a Bíblia, e assim vão se familiarizando com
ela, não é raro alguém dizer, esse texto já vimos catequista!!!
Gosto muito de rezar salmos com eles no final do encontro.
Ao
preparar o encontro, sempre tenho a preocupação de como isso irá
ressoar na vida deles, como isso poderá ajudá-los em sua caminhada
cristã, ajudá-los a se sentir mais perto de Deus, mais amados, mais
confiantes que sua presença é importante em nossa comunidade e
sua participação mais ainda. Primo por uma catequese de conversão.
Acho
importante estar lembrando a eles que se eles querem o Sacramento da
Crisma, precisam “cuidar” dos outros sacramentos que
receberam. Claro que a missa é sempre um assunto a parte,
saliento sempre que a missa não é um dever, mas um direito,
e que somos privilegiados de ter um pároco em nossa comunidade. Fico
triste em perceber que muitos ainda não valorizam a Missa, isso
porque não despertaram totalmente para a importância da
Sagrada Comunhão, para o Cristo Eucarístico.
Mas
acredito que a Catequese de Iniciação a vida cristã aos poucos irá
transformar essa caminhada catequética e conseguiremos aos
poucos ajudar nossos catequizandos a serem discípulos missionários
de Jesus.
Acredito
que como catequista podemos e devemos fazer a diferença na vida dos
nossos catequizandos!!
Abraços
a todos. Que nós, abençoados por Deus, fortalecidos pelo Corpo e
Sangue de Cristo e inspirados e conduzidos pelo Espírito Santo,
possamos, como Maria, fazer o nosso sim ressoar!!
Shalom!
Rosangela
Tamaoki – Londrina/Pr
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