O relato desse evangelho ensina pelo menos duas grandes lições:
- A primeira é que o status e o reconhecimento social do presente não são o critério de avaliação para a recompensa futura.
- A segunda lição é que o destino eterno de cada pessoa é decidido nesta vida, e jamais poderá ser revertido na era vindoura, nem mesmo pela intervenção de Abraão (Lc 16:25 e 26). A referência à impossibilidade de Abraão salvar o homem rico do seu castigo reprova o orgulho étnico dos fariseus, que se consideravam merecedores da salvação por serem descendentes de Abraão (ver Lc 3:8; 13:28; Jo 8:39 e 40, 52-59).
Não existe pecado em ser rico. O pecado está em ser explorador, indiferente ao sofrimento alheio. A Parábola quer nos alertar para os inúmeros Lázaros que ainda hoje vivem contentando-se com migalhas dos poderosos. Que o que tem mais não apenas saiba partilhar bens , mas utilizar de seu poder seja de autoridade ou financeiro para proporcionar melhores oportunidades ao trabalhador.
"O perigo da da riqueza mostra-se real quando desumaniza a pessoa, tornando-a insensível e indiferente à realidade de miséria e sofrimento de muitos filhos e filhas de Deus". A razão de ser dos bens , fruto do trabalho de todos ,é a promoção de todas as pessoas da sociedade" ( Pe. Nilo Lusa em "abismo entre ricos e pobres) - Semanário Litúrgico " O Domingo"
Propagar a Palavra de Cristo é missão do catequista. Dentro dos princípios religiosos e fundamentada no evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é que foi estruturado esse encontro catequético, aliás sendo hoje novamente republicado para que se evite dúvidas e acusações de cunho político.
Nesta parábola que
Jesus contou está um forte apelo à conversão. Enquanto vivemos é
tempo de conversão, mudança de vida, solidariedade, tempo de viver
as propostas do Reino que é amor, justiça, fraternidade. Depois da
morte este tempo não existirá mais.
Vamos
ler atentamente o texto do dia: Lc 16,19-31.
"Havia
um homem rico que vestia roupas muito caras e todos os dias dava uma
grande festa. Havia também um homem pobre, chamado Lázaro, que
tinha o corpo coberto de feridas, e que costumavam largar perto da
casa do rico. Lázaro ficava ali, procurando matar a fome com as
migalhas que caíam da mesa do homem rico. E até os cachorros vinham
lamber as suas feridas. O pobre morreu e foi levado pelos anjos para
junto de Abraão, na festa do céu. O rico também morreu e foi
sepultado. Ele sofria muito no mundo dos mortos. Quando olhou, viu lá
longe Abraão e Lázaro ao lado dele. Então gritou: "Pai
Abraão, tenha pena de mim! Mande que Lázaro molhe o dedo na água e
venha refrescar a minha língua porque estou sofrendo muito neste
fogo!"
-
Mas Abraão respondeu: "Meu
filho, lembre que você recebeu na sua vida todas as coisas boas,
porém Lázaro só recebeu o que era mau. E agora ele está feliz
aqui, enquanto você está sofrendo.
…...................... ..........................
REFLEXÂO
Nesta
parábola contada por Jesus, Ele quer nos mostrar a importância do
desapego material.
Jesus não condena a
riqueza. O que ele contesta e condena é o mau uso dela. A falta de
atitudes daqueles que detém o poder e fogem de sua responsabilidade menosprezando sua tuação em projetos de
transformação na sociedade.
A
ausência de atitudes fica visível na distância que se formou entre
o rico e o pobre.
Jesus
nos alerta para a falta de misericórdia “Sede misericordiosos ,
como vosso Pai celeste” encontramos emLc 6, 36-38
Nesta
parábola Jesus mostra que todo aquele que mesmo tendo bens materiais
e se abre à partilha, preocupa-se com o necessitado, pratica gestos
de solidariedade torna-se humilde e agradável aos olhos de Deus.
Aquele
que acumula bens , negando-se à partilha e solidariedade transforma
sua vida em atitudes soberbas que o levam a ignorar o seu próximo
necessitado.
A
soberba pode estar no coração de todos, independente de se ter ou não muitos
bens materiais.
A
solidariedade também pode estar no coração de todos : ricos ou
pobres.
Para Jesus, o conceito de rico e pobre é diferente do conceito formado
pela sociedade.
São
também pobres os ricos pela ganância e soberba, pois preocupam-se
apenas em acumular tesouros na terra, esquecendo-se do maior tesouro
que é o Reino de Deus, ali “onde nem a traça e a ferrugem
corroem”. O apego aos bens materiais os tornam pobres diante de Deus
São
ricos aqueles que sabem “onde está o teu tesouro” e vivem sua
vida segundo os preceitos divinos buscando as “coisas do reino”
Trazendo
para a vivência de nossos dias
- rico é aquele que prima pelo individualismo e capitalismo que domina a sociedade
- Podemos dizer que rico é aquele que não se compromete com o evangelho e não se abre à escuta da Palavra de Deus. São os ricos materialistas, que detém o poder, que oprimem o mais fraco
- Pobres são aqueles que buscam a Deus e sentem-se oprimidos pelos detentores do poder. Seu tesouro não é deste mundo.
Quantos
Lázaros morrem à porta do hospital?
Quantos
morrem nas sarjetas?
Quantos
são explorados no trabalho?
Quantos
não tem onde morar?
Estes
Lázaros esperam a mão da solidariedade. Lázaros que reclamam e
não são ouvidos
Lázaros que confiam na
misericórdia de Deus.
Lázaros
que muitas vezes tem atitudes transformadoras que mudam a realidade
de tantos.
Concluindo
A
riqueza não é pecado. Desde que não seja fruto da roubalheira e
corrupção. Fruto da ambição desmedida.
O
pecado está no fechamento para o próximo.
O
que Jesus nos pede é a vivência do evangelho. É ter atitudes de
transformação. É superar o egoísmo e individualismo que nos afasta
do próximo e consequentemente de Deus.
Confiemos
na misericórdia de Deus .Tenhamos gestos concretos de transformação que promovam um mundo melhor.
O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; é um escudo para todos os que nele confiam. Salmo 18:30
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Abraços Fraternos